“Planto flores no caminho para que não me faltem as

borboletas. Foram elas que me ensinaram que o casulo

não é o fim. É o começo."

Day Anne



29 de jan. de 2010

Banco emocional



Conversar sempre é bom, areja, informa, surpreende, ensina.
As pessoas usam muitas metáforas para comunicar suas idéias, para dar-lhes uma envergadura mais glamurosa, ou um entendimento ampliado pelas percepções tão subjetivas e passíveis de fluência criativa.
Uma relação amorosa sendo comparada a um banco emocional foi novidade pra mim, mas de imediato gostei da analogia ao entender os semelhantes investimentos, as dívidas, cobranças, empréstimos. O déficit implorando por um superávit que não vem!!
Os débitos e créditos ficando visíveis, os juros que crescem sem parar enquanto as negociações parecem desfavoráveis para ambos investidores.
No banco emocional, a cada vez que um credita, parece que o outro só sabe debitar. Fazem saques que limpam a conta sem aviso prévio, empréstimos passam a ser cobrados muitas vezes numa luta cujo tilintar de moedas não esconde o estrondo de acusações e divergências inegociáveis.
Se o depósito não cobre o saldo devedor, aumenta o rombo dessa conta conjunta, que deveria ser gerida a dois, dividida, assumida como responsabilidade de ambos, em igualmente de proporção e regida por leis únicas.
Em nossa sociedade, ter a conta no vermelho mostra dificuldade. Tal qual o vermelho da vergonha ou o sangue quente do machucado profundo, denuncia um período de escassez, da falta que nada supre porque não há investimento para mudar o quadro desesperador, na maioria dos casos, sem precedentes. Muitas vezes faltam recursos, é verdade, mas também vemos descasos, abandono de tentativas de salvar a conta bancária. Esquecidos numa gaveta qualquer, ficam os cheques sem fundos, sem aval, sem valor.
O relacionamento - digo, o banco emocional - que não tem bom gerente, tende a sofrer forte desestabilização mediante aplicações erradas, escolhas equivocadas dos fundos e bolsas vazias de intenções de ganho rápido de capital. É preciso capitalizar, gerar recursos para inverter o jogo para, com o resultado das operações financeiras adequadas, os acionistas conseguirem marcar viagem para gastar os lucros dos dividendos da empresa vida - da qual são sócios majoritários - mais as reservas dos bônus da felicidade que enchem os cofres de notas (escritas) "eu te amo."

Um comentário:

Unknown disse...

As emoções são intermináveis. Quanto mais as exprimimos, mais maneiras temos de as exprimir ...

Bom fds.

Beijos.