“Planto flores no caminho para que não me faltem as

borboletas. Foram elas que me ensinaram que o casulo

não é o fim. É o começo."

Day Anne



20 de dez. de 2007

Por um ano bom!

A época das festas que se aproximam significa o renascer para a vida, ao mesmo tempo em que as reflexões se iniciam para mais um ano. É freqüente ver o movimento introspectivo que antecede a chegada de mais uma “virada”...e só esta expressão já parece implicar em mudanças pretendidas, como se cada um dos anos fosse uma página em branco onde cada um escreveu mais um capítulo de sua estória que, de uma outra forma, precisa de ajustes porque não ficou à contento, ainda.
Essa permanente busca por mudanças é característica do ser humano que reflete os desejos ainda não satisfeitos, o ideal não alcançado, os deveres não cumpridos, os direitos não exercidos, os sonhos adiados, os projetos esquecidos, as dificuldades não resolvidas. São tantas as variáveis que nos desviam das metas e roubam as conquistas desejadas, que vivemos a rearranjar as intenções.
Depositar esperança em mudar o que nos desagrada ou impede as realizações pretendidas, é uma forma de fé, de acreditar em algo novo. Tal qual a primavera reaviva as cores, nossos sonhos nos mantêm presos à vida. Assim como o verão trás o sol e as temperaturas se elevam, aumentamos nossa capacidade criadora de investir naquilo que precisamos conquistar ou concluir.
Elaboramos uma lista de intenções para o ano que virá, muitas vezes sem considerar as pedras possíveis no caminho, atentos tão somente no desejo, podendo estar fadados a frustrações inevitáveis. Com o transcorrer da vida, vai ficando mais claro que tudo depende de “como” fazer acontecer, tendo a consciência de que impedimentos ou dificuldades existem entre o ponto de partida e o da chegada. E que existem fatores sob os quais não detemos o controle.
O ano terá sido bom se, medindo as propostas iniciais e os resultados obtidos, o saldo for positivo. Talvez devêssemos incluir nos ganhos o crescimento que tivemos nas dificuldades, a forma “como” encaramos as adversidades, visto que esse aprendizado nos faz mais preparados e fortalecidos para, nas novas tentativas, obter melhores chances de êxito nos intentos.
Refletir acerca das conquistas da página escrita em 2007 implica em ver, também, as desistências e renúncias voluntárias, o adiamento saudável, a ponderação, as novas escolhas feitas no percurso, os impedimentos que independeram da nossa vontade.
Deparar-nos só com o negativo tira o brilho de tudo aquilo que foi bom. Essa tendência impede que demos valor às lutas árduas, fixando o olhar apenas no resultado contrário.
O importante não é o caminho, mas o caminhar, o “como” conduzir os passos.

Partindo, portanto, dessa premissa, que tenhamos sucesso em nossos futuros desejos ao ver os fogos de artifício inaugurando o céu de um novo ano!

♥ Denise

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